O caso de um aluno barrado no curso de preparação vestibular do Ciências Aplicadas tomou proporção de crise, teve comunicado de demissão e contraponto do responsável pela instituição, Alexandre Pinto, ao longo dessa quinta-feira (8).
Mas, nesta sexta-feira (9), o caso ganhou novo episódio depois que o blog obteve com exclusividade o depoimento de um funcionário do curso Ciências Aplicadas sobre o assunto.
A fonte, que não terá seu nome revelado, isentou Carlos Dionísio, o coordenador do curso a quem foi atribuída a conduta de constranger o aluno barrado.
Dionísio foi execrado nas redes sociais. Procurado pelo Blog do Dina, ele afirmou abalado que entregaria o caso a um advogado antes de dar entrevista, mas confirmou que não barrou o aluno.
Orientação
No relato obtido pelo blog, a conduta que ganhou os ares de crise é normal no curso. A repercussão alcançada desta vez é que é inédita. O aluno que foi impedido de assistir aula, segundo o pai, não estava com matrícula vencida.
“O colaborador não é responsável por isso. As duas funcionárias estavam com a lista. Essa lista foi passada pelo professor Alexandre. Quando batia que um aluno não tinha entregue os sete cheques, eles iriam conversar com a coordenação, e é passado pelo professor Alexandre sobre como proceder”, explicou a fonte.
Parte da orientação é que os valores negociados com os pais sejam pagos em cheques ou transferidos para conta indicada por Alexandre.
“A orientação era: só entra quem tiver deixado os cheques ou feito o pagamento”, explicou o funcionário.
Contraponto
Nessa quinta-feira (7), Alexandre Pinto informou ao Blog do Dina que fosse esclarecido que o episódio ocorreu no curso e não no colégio. Ambos levam o mesmo nome, de Ciências Aplicadas, e funcionam no mesmo endereço, no Tirol.
Ele ainda informou que destacaria alguém para falar pelo curso. Até a publicação desta reportagem isso não aconteceu.
Mas o caso do aluno barrado ocorreu no curso isolado de Química, de responsabilidade de Alexandre Pinto.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, ele explicou que interviu no caso “colocando os alunos prejudicados para assistirem à segunda aula, deixando que eles resolvessem a questão [de pendência de matrícula] depois”.
Confira a nota na íntegra:
Sobre o que circulou ontem nas redes sociais enquanto eu trabalhava, considero um ataque injusto e leviano contra o Colégio Ciências Aplicadas e a minha pessoa, enquanto diretor dessa instituição de ensino.
É necessário esclarecer que no mesmo endereço do Colégio Ciências Aplicadas (unidade 1) funciona um CURSINHO isolado composto de Biologia, Física, Química, Matemática, Ciências Humanas e Linguagens, onde eu sou apenas e tão somente um dos professores (o de Química).
Em relação ao episódio de ontem, a verdade é que alguns alunos do CURSINHO (e não da escola) acabaram perdendo o primeiro horário enquanto era feito o controle de pendências de matrículas.
Quando tomei ciência do problema (entre a primeira e a segunda aula), ainda intervim colocando os alunos para assistirem à segunda aula, deixando que eles resolvessem a questão depois.
O Colégio Ciências Aplicadas reitera que cumpre rigorosamente os ditames da Lei Federal n.º 9.870/99, bem como as determinações do Código de Defesa do Consumidor.
Informa ainda que todas as cobranças são feitas administrativamente durante o ano letivo – junto aos responsáveis financeiros dos alunos – e que, somente se não resolvidas amigavelmente, recorre-se ao Poder Judiciário.
Por fim, o Colégio Ciências Aplicadas reafirma seu compromisso em prestar serviços educacionais com qualidade à sociedade potiguar.
Natal, 08 de fevereiro de 2019.
Alexandre Pinto
Diretor do Colégio Ciências Aplicadas
Comente: