19 de março de 2020
A pandemia de coronavírus, quando tiver passado, vai nos obrigar a abraçar mudanças irreversíveis.
O que está em curso é calamitoso em todos os sentidos.
Enquanto o vírus se espalha em progressão geométrica, as autoridades reagem em progressão aritimética.
Estamos perdendo.
No Rio Grande do Norte, o senhor secretário estadual de Saúde já tem a informação de que o quadro é de uma gravidade sem precedentes.
Já sabe que o quadro geral é de que o Brasil está em contágio comunitário.
Oficialmente, no entanto, a ordem é repassar as estatísticas vencidas.
O vírus vai mirando no futuro enquanto estamos detidos em reações do passado.
É bem verdade que a responsabilidade é de todos no enfrentamento da situação. Mas todos esperam liderança. Esperam posturas mais coerentes com a gravidade do que se lhes apresentam.
As vítimas fatais já feitas pelo coronavírus são, vejam só, as que mais precisam.
Foram pessoas sem assistência hospitalar. Elas são várias.
É insulto à dignidade de todos, especialmente de quem mais precisa – o quadro que se desenha.
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