3 de janeiro de 2022 às 8:13
Impulsionados pelo aumento de receitas com impostos e de olho nas eleições de outubro, ao menos 22 governadores anunciaram ou já sacramentaram reajustes a servidores que entrarão em vigor nos próximos meses, após o término do veto a recomposições salariais e aumentos reais determinado pelo socorro federal na pandemia. Entre os governadores que tentarão reeleição, a proporção é maior: 14 dos 16 que buscam novo mandato planejam ou já deram aumentos este ano.
O prazo para reajuste de salários acaba no início de abril, de acordo com a lei eleitoral. Isso porque não podem ser concedidos nos seis meses anteriores à eleição.
As exceções entre os governadores que tentarão reeleição são Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, que condiciona um reajuste à aprovação do Regime de Recuperação Fiscal, parada na assembleia do estado; e João Azevêdo (Cidadania), da Paraíba, que ainda não confirmou aumento, mas conversará este mês sobre um reajuste às polícias, em meio a temores de greve das forças de segurança.
Em 13 estados, os percentuais, que vão de 3% a 10,74%, são destinados a todos os servidores. Nos demais nove estados, os reajustes são para categorias específicas, principalmente professores e policiais. Na maioria dos casos, haverá apenas uma recomposição total ou parcial, sem aumento real.
Entre os estados onde os mandatários já estão no segundo mandato e não podem tentar uma reeleição, não confirmaram ao GLOBO se vão promover recomposições os governos do Amapá, de Pernambuco e de Sergipe.
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O GLOBO
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