27 de janeiro de 2022 às 11:21
A diretoria colegiada da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) deve aprovar na próxima sexta-feira (28) o uso do autoteste de Covid-19 no Brasil.
No último dia 19, a agência decidiu por 4 votos a 1 adiar a decisão e pedir mais dados para o Ministério da Saúde.
A pasta comandada pelo ministro Marcelo Queiroga enviou na noite de terça-feira (25) nova nota técnica com proposta de política pública para utilização do exame. No documento, a pasta apontou que o produto deve servir como ferramenta de triagem da Covid-19.
A tendência é que o uso do autoteste seja liberado agora pela agência, segundo integrantes da Anvisa que acompanham a discussão.
Pela proposta da Saúde, quem receber a indicação de que está infectado deve procurar uma unidade de atendimento de saúde ou realizar teleatendimento para que um profissional da saúde confirme o diagnóstico e faça orientações.
A testagem no Brasil está centrada em clínicas, farmácias e serviços públicos, que não estão conseguindo atender à demanda diante da circulação da ômicron.
Entidades científicas cobraram, no começo de janeiro, uma política de testagem mais ampla do governo federal e a permissão do exame em casa. A procura pelos testes disparou com o avanço da contaminação na virada do ano.
O uso de autotestes é vetado por uma resolução da Anvisa de 2015. Pela regra, o ministério precisa propor uma política pública para liberar a entrega dos exames ao público leigo.
A proposta da Saúde é que o autoteste seja vendido apenas em farmácias.
O ministro Queiroga disse, no último dia 14, que o autoteste pode desafogar as unidades de saúde, mas sinalizou que o produto não deve ser comprado pelo governo e distribuído no SUS.
Folha de S. Paulo
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