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Passaporte vacinal contra Covid, atacado por Bolsonaro, é comum em outros países

31 de janeiro de 2022 às 8:59

O passaporte vacinal, chamado de "coleira" pelo presidente Jair Bolsonaro, já foi adotado por líderes de diferentes matizes políticas ao redor do mundo como medida para frear a disseminação da Covid e, principalmente, incentivar a adesão à campanha de imunização.

Os principais exemplos estão em países que possuem parcela robusta da população com esquema vacinal completo —normalmente, acima de 70%, índice elogiado por especialistas em saúde pública. É o caso de Portugal (90%), Chile (88%), França (76%), Itália (76%), Reino Unido (71%), Grécia (70%) e Israel (65,4%).

É verdade que a medida, invariavelmente, vem acompanhada de críticas. Paris, a capital francesa, tem assistido a protestos desde que o governo de Emmanuel Macron propôs, e o Legislativo aprovou, um novo passaporte vacinal para maiores de 16 anos. Mais de 2.000 se reuniram no sábado (29) em oposição ao que dizem considerar um atentado às liberdades individuais.

A regra exige que o comprovante de vacinação seja apresentado em locais públicos, como restaurantes e bares, e entrou em vigor na última semana para, nas palavras de Macron, "irritar os não vacinados", que têm cometido uma "imensa falta moral".

Mas as manifestações nas ruas não significam que a oposição à medida seja uma expressão majoritária. Quando questionados sobre a exigência do passaporte vacinal em espaços de alimentação, 47% dos franceses disseram apoiá-la, e apenas 32% se opuseram, em pesquisa conduzida em setembro pelo instituto YouGov. No caso de grandes eventos públicos, os favoráveis eram 57%, e os contrários, 23%.

O mesmo levantamento revelou que a apresentação do comprovante de vacina como condicionante para acessar locais públicos desfruta de apoio substancial em toda a Europa. No Brasil, o cenário é semelhante: pesquisa Datafolha deste mês mostrou que 81% da população é a favor do passaporte vacinal para a entrada em locais fechados, como escritórios, bares, restaurantes e casas de shows.

Veja a matéria completa.

Folha de S. Paulo

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