22 de março de 2022 às 8:36
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preferiram não responder às críticas feitas nessa segunda-feira (21) pelo presidente Jair Bolsonaro ao Judiciário.
Em caráter reservado, eles avaliam que qualquer tipo de resposta, mesmo em defesa dos tribunais, poderia dar início a um bate-boca público entre o presidente e os ministros. Agora, eles querem se envolver o menos possível com esse tipo de situação, para não expor a imagem dos tribunais em ano eleitoral.
O presidente disse que o ministro Alexandre de Moraes promove “perseguição implacável” contra ele. Bolsonaro criticou a decisão tomada pelo ministro de bloquear o Telegram. Ele aposta no aplicativo como ferramenta importante na campanha.
Também hoje, Bolsonaro disse que espera não ter nenhuma surpresa do TSE nas eleições. Novamente deu a entender que não confia no sistema eleitoral brasileiro. Mesmo que não tenham dado declaração pública, os ministros do STF e do TSE avaliam que a decisão de Alexandre de Moraes surtiu os efeitos desejados: ou seja, o Telegram cumpriu a decisão de bloquear os canais do blogueiro Allan dos Santos.
E mais: o aplicativo informou a representação legal no país, ou seja, quem responde por eventuais excessos cometidos por meio do Telegram.
Os ministros do TSE e do STF também pontuam que a solução para o impasse com o Telegram foi a melhor possível, porque o aplicativo atendeu os pedidos de Alexandre de Moraes antes mesmo que ele fosse de fato bloqueado.
Esse bloqueio efetivo estava previsto para começar hoje, mas não foi necessário, porque o ministro revogou a decisão antes mesmo de ela ser cumprida.
CNN Brasil
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