20 de abril de 2022 às 10:52
Até um ou dois dias atrás, o ritmo das fake news parecia estar, por assim dizer, calmo. Já há uma mudança no cenário. A prova está na história de hoje, que aponta para uma suposta decisão do TSE em relação ao presidente Jair Bolsonaro.
Mensagens em redes sociais dão conta de que o TSE proibiu Bolsonaro de reduzir o valor dos combustíveis por 2022 se tratar de um ano eleitoral. A mensagem está acompanhada de mensagens que apontam que o Judiciário não quer deixa o presidente trabalhar.
Leia algumas destas mensagens que circulam por aí:
Versão 1: Enquanto isso, o TSE proíbe o Presidente de baixar impostos de combustível. A política no Brasil serve para proteger seus políticos e destroçar a população. Nojo desta políticalha!
Versão 2: COMPARTILHA! URGENTE! TSE PROÍBE BOLSONARO BAIXAR PREÇO DE COMBUSTÍVEL. AJUDE SALVAR O BRASIL. COMPARTILHA!
Versão 3: TSE proibi Bolsonaro de baixar a gasolina. O TSE também vai proibir os prefeitos de fazerem as famosas obras boca de urnas??
TSE proíbe Bolsonaro de baixar o preço dos combustíveis?
Os fatos
1- Não é de hoje que esta história circula online (ela está por aí desde, no mínimo, o meio do mês passado). Apesar da insistência em questão, não é verdade que o TSE proibiu a redução de preço dos combustíveis.
2- A confusão começou no mês passado. Na época, o governo planejava a redução de impostos federais em combustíveis. Por precaução, a AGU fez uma consulta ao TSE para saber se a redução de impostos poderia ser considerada crime eleitoral.
3- Em alguns casos, os ministros, apesar de apontar que o TSE tenderia a não fazer um julgamento sobre o caso, apontavam que baixar os preços poderia ser considerado crime eleitoral.
4- Foi a partir destas matérias (em off) que começou a circular a informação de que o TSE teria considerado crime e que havia proibido Bolsonaro de reduzir o preço dos combustíveis. Só que, ao contrário do que apontavam as matérias (e as mensagens), isso não se concretizou.
5- No dia 22 de março de 2022, o TSE decidiu que não iria julgar o pedido da AGU de apreciação sobre o preço dos combustíveis.
6- O Tribunal Superior Eleitoral, por meio da página Fato ou Boato, também desmentiu a história em vídeo e texto.
Fonte: Boatos.org
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