28 de abril de 2022 às 9:15
O número de mortes de mulheres grávidas ou até 42 dias após o parto cresceu 41,9% no Brasil no ano passado em relação a 2020, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.
O aumento dos óbitos, provocado pela pandemia de Covid-19, deixa o Brasil ainda mais longe da meta de reduzir a mortalidade materna, um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
O painel do Ministério da Saúde mostra que o país vinha registrando uma queda nos óbitos de gestantes e puérperas entre 2017 e 2019 — este último com 1.575 mortes.
No entanto, em 2020, com o início da disseminação do coronavírus, a situação mudou: foram 1.964 mortes, uma alta de quase 25%. Já em 2021, o número saltou para 2.787.
O ano passado ainda mostrou uma inversão nos motivos dos falecimentos. Entre 2017 e 2019, as mortes diretamente ligadas a causas obstétricas, como hipertensão e sangramentos, predominavam. Já em 2021, as indiretas, como doenças do sistema respiratório e circulatório, ultrapassaram, somando 1.737 casos — contra 982 por causas diretas e 68 por causas não especificadas.
A CNN procurou o Ministério da Saúde para comentar os números e aguarda um retorno.
O obstetra e pesquisador do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Marcos Nakamura, explica que as gestantes e mulheres após o parto se mostraram um grupo de risco para a Covid-19.
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CNN Brasil
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