29 de abril de 2022 às 9:51
Em meio às discussões nos bastidores do Supremo Tribunal Federal (STF) para a solução da crise com o Palácio do Planalto, vem ganhando corpo a proposta de encerrar o inquérito das fake news, aberto em 2019 e comandado pelo ministro Alexandre de Moraes. Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o ministro André Mendonça procurou o presidente da Corte, Luiz Fux, com essa sugestão.
Pelo menos quatro ministros, de acordo com a colunista Malu Gaspar, do GLOBO, avaliam que o inquérito, uma das principais causas de atrito com Bolsonaro, já não tem mais o que investigar.
Na visão de Mendonça, enquanto essas investigações estiverem em andamento, os ataques dos dois lados, do Executivo e do Judiciário, vão continuar ocorrendo — o que não interessaria ao país, sobretudo em ano eleitoral.
— Pelo bem do país, precisamos encontrar uma solução — disse Mendonça, segundo interlocutores.
O ministro votou pela condenação do deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) por ataques ao STF, mas com pena mais branda. Em vez dos oito anos e nove meses impostos pelo relator, Alexandre de Moraes, o mais novo ministro da Corte propôs condenação a dois anos.
O inquérito das milícias digitais, que tramita desde julho de 2021 no Supremo, é o que nos últimos meses mais preocupa o Planalto. Em evento na quarta-feira, Bolsonaro chegou a citar ter recebido recados de que seu filho Carlos Bolsonaro (Republicanos),vereador pelo Rio, poderia ser preso por “fake news”.
Paralelamente, o inquérito das fake news — que atingiu aliados de Bolsonaro e deu origem ao inquérito das milícias digitais — caminha a passos lentos. Com a última decisão dada em agosto de 2021, o caso está há mais de um mês sem qualquer nova movimentação.
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O GLOBO
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