29 de junho de 2022 às 9:41
Um ex-guarda de campo de concentração nazista de 101 anos foi condenado a cinco anos de prisão por um tribunal alemão por ajudar e ser cúmplice do assassinato de 3.518 pessoas durante o Holocausto.
O homem havia sido acusado em 2021 de “consciente e intencionalmente” ajudar e favorecer a morte de prisioneiros no campo de concentração de Sachsenhausen em Oranienburg, ao norte de Berlim, de janeiro de 1942 a fevereiro de 1945, segundo a promotoria em Neuruppin, no estado de Brandemburgo, no nordeste da Alemanha.
Ele foi condenado pelo Tribunal Regional de Neuruppin nesta terça-feira (28), disse a porta-voz do tribunal, Iris le Claire, à CNN.
Le Claire disse que o julgamento foi um processo complexo. “Foi extraordinariamente difícil encontrar uma punição adequada porque os atos ocorreram há muito tempo e o autor já é muito idoso. Tudo isso teve um efeito atenuante na sentença”, disse ela.
O grande número de pessoas que morreram sob a vigilância do guarda também foi levado em consideração, sugeriu Le Claire. De acordo com a lei alemã, as pessoas consideradas culpadas de assassinato são normalmente condenadas a entre três e 15 anos de prisão.
Estima-se que cerca de 100 mil prisioneiros tenham morrido no campo de Sachsenhausen.
“O veredicto é uma compensação tardia para os parentes e um sinal muito importante da Alemanha”, disse Christoph Heubner, do Comitê Internacional de Auschwitz, à CNN na terça-feira.
Heubner, que acompanhou o julgamento, criticou o número de anos que os tribunais alemães levaram para apresentar queixa. “Agora a ferida dos parentes pode ser tratada”, disse ele.
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CNN Brasil
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