4 de agosto de 2022 às 12:21
Com uma dose de histrionismo, os opositores de Fátima Bezerra não gostaram quando eu questionei a narrativa de que os repasses para o Estado foram maiores no governo Fátima com relação a Robinson Faria.
Eu mostrei que nominalmente, Fátima recebeu mais, mas o dinheiro de Robinson valia muito mais.
Chama-se correção. É algo conhecido até entre as amebas. O texto, aliás, está aqui.
Pela correção do período, Fátima conseguiu colocar em dia obrigações com dinheiro que valia menos do que na época de Robinson.
O argumento era tão bom que o governo pegou - e não há nada demais nisso - e logo ele estava replicado.
Replicado por quem agora esqueceu a métrica que utilizei lá para abordar um assunto onde cabe fazer a mesma coisa: o patrimônio de Rogério Marinho.
Sim, é do jogo. As notícias sobre evolução patrimonial em tempo de registro de candidatura é absolutamente do jogo.
A de Marinho saiu de em torno de R$ 1 milhão em 2018 para R$ 1,9 milhão em 2022.
Há regras subentendidas, no entanto, na hora de dar notícia como essa.
A mais comum das regras é que para se ter um escândalo é preciso ter evidências para relacionar a algo controverso.
Em quatro anos, um apartamento financiado que teve seu valor atualizado no patrimônio (432 mil estavam quitados em 2018 e agora R$ 1,2 milhão está quitado em 2022), pesa no cálculo final, né amados?
Qual foi crescimento do patrimônio REAL? Qual foi a atualização do período? O que há de novo na lista de 2022 que não havia em 2018? É compatível ou incompatível com os ganhos do período?
Danem-se as repostas, especialmente se derrubarem o 'ouvi dizer que...'
Como no caso dos salários de Fátima, o foco está na narrativa a ser contada.
Comentários [0]
Deixe um comentário