Blog do Dina - Filha é presa acusada de roubar da mãe R$ 720 mi em obras de arte


Filha é presa acusada de roubar da mãe R$ 720 mi em obras de arte

10 de agosto de 2022 às 10:37

Uma mulher foi presa no Rio de Janeiro por suspeita de roubar da própria mãe mais de R$ 720 milhões em obras de arte. Entre os quadros estão obras de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti. Também foram roubadas joias e feitas transferências bancárias. A idosa tinha 82 anos e foi mantida em cárcere privado por cerca de um ano.

Agentes do DEAPTI (Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade) cumprem seis mandados de prisão, realizam busca, apreensão e bloqueio de bens dos suspeitos.

Ao todo, foram roubados e vendidos 16 quadros para galerias de arte. Uma das galerias, que fica em São Paulo, comprou três obras com valor estimado em R$ 300 milhões.

Pelo menos duas dessas obras foram revendidas para o Malba (Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires).

O dono da galeria de arte de São Paulo disse à polícia que não desconfiou de que as obras eram roubadas da idosa. Ele afirmou conhecer a família e ter recebido os quadros da própria filha da proprietária.

A idosa foi casada com um colecionador e negociador de arte. Após a morte do esposo, ela herdou os quadros.

De acordo com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a idosa foi abordada por uma mulher que se passou por vidente, que disse que a filha estava doente e morreria em breve.

"Por ter um lado místico e uma filha que enfrenta problemas psicológicos desde a adolescência, a idosa foi convencida, inclusive pela filha, a realizar os pagamentos solicitados para o tratamento espiritual proposto", diz a polícia.

Entre janeiro e fevereiro de 2020, foram realizadas pelo menos oito transferências no valor de R$ 5 milhões.

Após o início do tratamento, a idosa foi isolada do convívio com outras pessoas e os funcionários que trabalhavam para a família foram dispensados. A mulher desconfiou e deixou de fazer os pagamentos pelo tratamento da filha.

"Foi então que a vítima desconfiou e suspendeu o pagamento de valores. A partir daí, passou a ser agredida e ameaçada. As únicas visitas à residência eram feitas por comparsas, que passaram também a ameaçar a idosa, que voltou a realizar as transferências", diz nota da polícia.

Folha de S. Paulo

Comentários [0]


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.