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Dina Verifica: Funcionária do TSE relata vulnerabilidades nas urnas eletrônicas, mostra vídeo?

13 de agosto de 2022 às 10:46

Daqui até outubro (ou ao infinito e além), o que não vai faltar na internet é ataque às urnas eletrônicas. Hoje, vamos falar de uma suposta denúncia que teria vindo de uma “funcionária” do TSE.

Um vídeo de uma mulher falando sobre supostas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas está circulando junto com a indicação de que ela seria uma funcionária do TSE com o nome de “Ana Mel”.

A transcrição do vídeo diz o seguinte:

“Nós estamos desde 2000, no TSE eu estou desde 2002 fiscalizando a primeira etapa. Qual é a primeira etapa? É o código-fonte. Analisar os códigos que saem de lá e vem para os estados. Agora quando o senhor, você diz que as urnas suscitam desconfiança para o povo brasileiro, eu faria aqui um aparte. Porquê? Porque nós sempre divulgamos que existem vulnerabilidades. O sistema é fraco, o sistema é inconfiável e é um sistema inauditável. Então, neste trabalho que nós fizemos, nós sempre denunciamos essas mazelas”.

Leia textos que circulam com o vídeo:

Versão 1: Uma funcionária do TSE relata a vulnerabilidade do sistema eleitoral brasileiro, há código fonte frágil e não há como auditar. Quem controla o jogo é quem conta os votos…

Versão 2: Se liga BRASIL. Ouçam: O que diz uma funcionária do TSE, sobre as vunerabilidades do sistema eletrônico eleitoral brasileiro!

Versão 3: Bomba!! Funcionária do TSE, declara que desde, 2.000 está sempre divulgando, que: existe vulnerabilidade, no sistema; que ele é fraco, inconfiável; e é inalditável.

Versão 4: Bomba: funcionária do TSE relata a vulnerabilidade do sistema eleitoral brasileiro, há código fonte frágil e não há como auditar. Nada pode provar se o voto que aparece na tela é o mesmo que foi registrado!!!

Funcionária do TSE relatou vulnerabilidades nas urnas eletrônicas (sistema eletrônico eleitoral brasileiro)?

INFORMAÇÃO FALSA

Os fatos

1- Ao contrário do que apontam mensagens que acompanham o vídeo, não se trata de uma funcionária do TSE que fez a denúncia. Muito menos ela se chama Ana Mel.

2- O histórico recente de mensagens que com informações falsas que visam descrebilizar o sistema eleitoral brasileiro já nos deixa muito desconfiados.

3- A pessoa em questão não é uma “funcionária do TSE” (se fosse, por sinal, daria muito mais peso na denúncia) e não se chama Ana Mel. Quando o vídeo começou a viralizar, o próprio TSE fez um desmentido sobre o assunto. “Esclarecemos que essa senhora nunca foi funcionária ou colaboradora do TSE”, apontou a assessoria do Tribunal.

4- O vídeo em questão é de uma edição do programa Direito e Justiça em Foco de novembro de 2014.

5- Vale sempre relembrar que, no momento, não é possível dizer que o sistema eleitoral brasileiro não é confiável ou mesmo que é inauditável. Primeiro, porque não há nenhum caso comprovado de fraudes em urnas eletrônicas desde quando o sistema foi adotado. Segundo, porque há sim formas de se auditar os resultados, por meio dos boletins de urna.

Fonte: Boatos.org

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