24 de agosto de 2022 às 12:57
Arqueólogos trabalhavam em escavações no deserto de Negev, localizado ao sul de Israel, quando descobriram uma luxuosa propriedade rural de cerca de 1,2 mil anos.
Em comunicado publicado nesta terça-feira, a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) disse que a extensa construção pode ter sido residência de um rico proprietário de terras que supervisionava fazendas na área.
Com estruturas subterrâneas, os habitantes da mansão conseguiam superar o calor do verão com o auxílio da arquitetura. Datada do início do período islâmico, entre os séculos VIII a IX, o local possuía quatro alas e foi erguido em torno de um pátio principal. Afrescos coloridos enfeitavam as paredes e os pisos, e algumas salas tinham grandes fornos que provavelmente eram usados para cozinhar.
A descoberta mais surpreendente, no entanto, foi feita sob o pátio – uma cisterna de três metros de profundidade escavada na rocha e que fornecia aos moradores água fresca durante todo o ano. Além disso, estruturas abobadadas (construções em forma de arco) foram construídas no subterrâneo e utilizadas para armazenar alimentos. Isso fez com que os moradores pudessem transitar pelo espaço sem precisar enfrentar o sol do deserto.
Em nota, a Autoridade de Antiguidades de Israel e a Autoridade para o Desenvolvimento e Colonização dos Beduínos disseram planejar a conservação e exibição das descobertas ao público em geral.
Em junho, a AAI também anunciou a descoberta dos restos de uma das mesquitas rurais mais antigas do mundo. Localizada na mesma cidade da mansão e com épocas semelhantes, as autoridades indicam que este pode ser um testemunho da expansão do islamismo naquela região.
Veja os detalhes da mansão
O GLOBO
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