Blog do Dina - Em estreia no rádio, Lula explora economia, e Bolsonaro destaca auxílio de R$ 600


Em estreia no rádio, Lula explora economia, e Bolsonaro destaca auxílio de R$ 600

27 de agosto de 2022 às 9:57

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os dois candidatos à Presidência que lideram as pesquisas de intenção de voto, estrearam no horário eleitoral do rádio neste sábado (27) destacando a situação da economia do país.

Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Felipe d’Avila (Novo) também contaram com inserções no horário eleitoral. Pelo sorteio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a abertura da propaganda eleitoral ficaria com Roberto Jefferson (PTB), mas não houve exibição de sua propaganda.

O ex-presidente Lula estreou no horário eleitoral gratuito pedindo a Deus que “ilumine esta nação e nos ajude a reconstruir o Brasil”. Em sua fala, ele destacou que “milhões de irmãs e irmãos brasileiros não tem o que comer” e que as “famílias sofrem com os preços que não param de subir e com salário que mal dá para uma cesta básica”.

“Como é que este país tão rico retrocedeu tanto? Como pode um governante não se importar com o sofrimento de tanta gente?”, questiona. Em seguida, a campanha apresentou depoimentos de pessoas elogiando a economia e as condições de vida durante o governo do petista, com críticas aos preços atuais do leite e da gasolina.

Lula prometeu melhorar a vida do povo, afirmando que “já fizemos uma vez, e vamos fazer melhor”.

O final da propaganda contou com a presença do candidato a vice em sua chapa, Geraldo Alckmin (PSB). O ex-presidente destacou que conta com o ex-governador de São Paulo para “consertar o Brasil”, e que “ninguém pode dizer que não vai dar certo” devido às experiências dos dois.

“Mesmo que a gente não pense igual em tudo, neste momento algo muito mais importante nos une: o desejo de reconstruir o Brasil e melhorar a vida das pessoas”, diz Alckmin.

A propaganda do presidente Jair Bolsonaro simulou um programa de rádio, com apresentadores do Nordeste e Sudeste. O presidente é caracterizado como alguém que defende “a Pátria, a família e a liberdade”.

A inserção trouxe trechos do discurso de Bolsonaro na convenção do seu partido, o PL, em que foi lançado oficialmente como candidato à reeleição. Neles, o presidente destaca que enfrenta a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia e que, em 2020, quando “muitos obrigaram a todos a ficar em casa, eu falei, vamos combater o vírus e também fazer com que a nossa economia não seja destruída”.

O programa de Bolsonaro destacou ainda a criação do auxílio emergencial e do Auxílio Brasil, que atualmente paga um benefício no valor de R$ 600. “Dentro da responsabilidade fiscal, extingui o Bolsa Família, que pagava em média R$ 150”, afirma Bolsonaro, que prometeu ainda manter os R$ 600 em 2023.

Candidatos tentam furar polarização

Em sua propaganda, Ciro Gomes foi apresentado como o “único candidato que garante renda mínima de R$ 1.000 a famílias carentes”, tendo “pouco tempo [de propaganda] e muitas propostas”.

Entre os planos do ex-ministro citados no horário eleitoral estão a criação de uma Lei Antiganância, que proibiria bancos de cobraram mais de duas vezes o valor de uma dívida ou empréstimo, e a promessa de limpar o nome de pessoas endividadas. Ciro promete criar um Brasil onde “ninguém fica para trás e coloque os mais pobres na frente”, com a criação de um programa de renda mínima e de 5 milhões de empregos.

Em seu tempo de propaganda, a senadora Simone Tebet aparece como alguém “preparada” para assumir a Presidência. A inserção destaca a ideia de votar em uma mulher, e apresentada a história pessoal e profissional da política, “sempre conquistando posições que nunca uma mulher havia ocupado”.

Tebet afirma que “tudo para a mulher é mais difícil”. “Disseram que eu não conseguiria ser candidata à Presidência da República, chegaram a dizer que eu não seria aprovada na convenção. Nós superamos vários políticos importantes, e agora é oficial”, disse.

Na inserção, a senadora cita ainda sua companheira de chapa, a senadora Mara Gabrilli (PSDB). Ao fim, apresenta um jingle com a frase “eles não e ela sim”.

Candidata pelo União Brasil, a senadora Soraya Thronicke foi a primeira a aparecer na propaganda eleitoral no rádio neste sábado. “Você está feliz com o Brasil? Se no lugar da tristeza você quer esperança, se no lugar da briga você quer união, se no lugar do problema você quer solução, até agora você não tinha solução. Agora tem”, afirmou.

Ela se apresentou durante o tempo de propaganda, e disse que quer ser presidente porque “não dá mais para conviver entre o medo e o ódio, conviver com desigualdades e injustiças”.

Citando problemas econômicos, como a falta de comida, emprego e moradia, Thronicke afirmou que é “inaceitável ver um só brasileiro com fome”, e que quer “unir o país para o caminho da prosperidade”.

Com o menor tempo entre os candidatos, Felipe d’Avila criticou a polarização atual do Brasil. “Nestas eleições você vai ouvir promessas de gente que transformou o Brasil neste caos, de gente que destrói nosso orgulho em ser brasileiro, chega deste país dividido, chega de escolher sempre o menos pior”, afirmou.

Os candidatos Vera Lucia (PSTU), José Maria Eymael (DC), Sofia Manzano (PCB) e Leonardo Péricles (UP) não tiveram inserções devido à aplicação da cláusula de barreira, baseada no desempenho de seus partidos nas eleições de 2018.

Ao todo, o horário eleitoral na rádio durou 25 minutos, com cerca de metade deles dedicados aos postulantes à Presidência. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, quem aparece são os candidatos a governador, senador e deputado estadual. Já nas terças e quintas-feiras e sábados, o tempo vai para candidatos a presidente e deputado federal.

CNN Brasil

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