Blog do Dina - Defesa de Bolsonaro alega que Michelle não é apoiadora comum em propaganda


Defesa de Bolsonaro alega que Michelle não é apoiadora comum em propaganda

5 de setembro de 2022 às 12:37

A defesa do presidente Jair Bolsonaro afirmou à CNN que vai argumentar ao Tribunal Superior Eleitoral que a primeira dama Michelle Bolsonaro não é uma apoiadora comum, o que, para os advogados, justificaria a participação dela em mais de 25% do horário eleitoral.

Uma resolução do TSE de 2019 prevê este limite a “pessoas apoiadoras”. No entanto, para o advogado da campanha de Jair Bolsonaro, o ex-ministro do TSE Tarcísio Vieira, a regra deixa dúvidas.

Ele considera que Michelle deveria ser classificada como uma apoiadora diferenciada por se tratar da primeira dama. “O tribunal não fixou balizas seguras sobre esse assunto. Perguntamos ao TSE para dar oportunidade do tribunal construir uma métrica sobre todas candidaturas. Não posso acreditar que haja um rosário de punições para um candidato e não haja para outro que pratique a mesma coisa”, afirmou à CNN.

O objetivo é saber se a proibição vale para todos os tipos de apoiadores e de mídias também. Na semana passada, decisão liminar retirou do ar propaganda em que Michelle aparecia mais do que Bolsonaro, tanto no rádio quanto na TV. O caso vai à julgamento em plenário no TSE, nesta semana.

No fim de semana, houve a divulgação oficial de uma segunda inserção com Michelle Bolsonaro no rádio e na TV, novamente com objetivo de atrair voto do eleitorado feminino. Porém, dessa vez, parte do material exibe somente a voz da primeira dama e não a imagem.

Advogados de campanhas adversárias viram a nova propaganda como um drible. À CNN, a defesa de Bolsonaro afirmou se tratar de uma versão adaptada para não fugir das regras, mas que se o TSE condená-la também será retirada do ar.

Além de limitar o tempo de apoiadores, a resolução em questão afirma que são vedadas montagens, trucagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais.

CNN Brasil

Foto: Ricardo Moraes/Reuters

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