30 de novembro de 2022 às 14:26
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Apanhado no Qatar festejando a Copa do Mundo, Eduardo Bolsonaro caiu em maus lençóis não porque esteja fazendo algo de errado.
Mas porque a psicologia de massa que domina a política hoje estabelece conceitos morais inflexíveis para continuar sendo parte do grupo.
No caso do grupo de Eduardo, é moralmente indefensável estar no Qatar celebrando enquanto as pessoas que se dizem patriotas passam perrengues nas portas do quartéis.
Nesse sentido, a explicação sobre os pen drives se destina a esse grupo - e por ele já foi recebida, assimilada, acreditada e difundida.
Faz parte da estratégia política dos Bolsonaros manter mobilizado o golpismo que se vê diante das portas dos quartéis para se ter com que barganhar com as instituições que podem lhes colocar na cadeia.
Eduardo é seguidor da doutrina de Steven Bannon. É dele o pensamento segundo o qual a verdadeira oposição de um político é a imprensa, e, portanto, a melhor estratégia para desequilibrá-la é ‘enchê-la de bosta’.
É isso que Eduardo Bananinha está fazendo - e conseguindo com sucesso obter: encher a imprensa de bosta, enquanto, por outro lado, municia psicologicamente seu grupo.
Como a história dos pen drivers é sem pé nem cabeça e, portanto, facilmente criticável, o material produzido pela imprensa a respeito do tema está chegando aos grupos bolsonaristas através do filtro da psicologia de massa de que falei.
Funciona assim nesses grupos: se a imprensa está falando mal dos Bolsonaros é porque eles estão certos.
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