Blog do Dina - Golpista é preso após enganar e dar prejuízo a modelos em hotel cinco estrelas de Copacabana


Golpista é preso após enganar e dar prejuízo a modelos em hotel cinco estrelas de Copacabana

6 de dezembro de 2022 às 16:13

Policiais da 9ª DP (Catete) prenderam em flagrante um homem pelo crime de estelionato praticado contra modelos dentro de um hotel cinco estrelas de Copacabana, na Zona Sul do Rio. De acordo com as investigações, Matheus Rodrigues Azin, de 28 anos, que estava hospedado no local e se apresentava como investidor, enganou e deu um prejuízo de pelo menos R$ 22 mil ao subtrair cartões de crédito e pedir transferências bancárias por PIX de duas das vítimas. Com os valores, ele comprou ingressos para festas, bebeu e jantou em bares e em restaurantes de luxo no Leblon, na mesma região.

Segundo uma das vítimas, que conheceu Matheus há cerca de um mês, ele insistiu para que ela lhe repassasse R$ 10 mil para serem investidos em ações que lhe renderiam lucros dobrados. Após iniciar um relacionamento amoroso com a moça, o rapaz chegou a recebê-la em um quarto de um hotel de luxo, em Curitiba, decorado com pétalas de rosa e a programar viagens românticas, até que ela descobriu que estava sendo lesada.

— Estou arrasada por ter confiado em uma pessoa que acredita na própria mentira. Nos conhecemos pelas redes sociais e tínhamos amigos em comum, saímos para festas e jantares, então pensei que ele realmente fosse uma boa pinta. Depois de alguns dias, ele começou a dizer estar apaixonado e a fazer programações, como planejar viagens e disse que iríamos até assistir a Copa do Mundo no Catar. Ele gosta de curtir a vida boa às custas dos outros e me fez uma lavagem cerebral — contou ao GLOBO a empresária Brenda Gondacki, de 23 anos.

No depoimento prestado na delegacia por outra vítima, ela disse ter chegado ao Rio no último dia 25 de novembro. Após conhecer Matheus por meio de um amigo em comum, manteve um relacionamento afetivo com ele. No dia seguinte, o rapaz pediu que a moça fizesse uma transferência bancária por PIX no valor de R$ 3.600 para comprar ingressos para uma festa, alegando que sua conta estava bloqueada. Em seguida, ao comprar um drink no bar do hotel, ele teria visto a senha digitada por ela na máquina. Na mesma noite, ele efetuou pagamentos com o cartão em pelo menos três estabelecimentos no total de R$ 9.700.

Também na distrital, a mulher contou que, após tomar café da manhã no hotel no dia 1º de dezembro, foi avisada que Matheus teria ido embora do hotel e precisou pagar R$ 1 mil pelo consumo dele no local. Três dias depois, a vítima disse ter descoberto, pelas redes sociais, que outras mulheres haviam caído em golpe semelhante aplicado pelo rapaz e que ele agiria iludindo cada uma delas, as fazendo acreditar que efetuaria o pagamento dos que era devido.

Nas redes sociais, Matheus exibe uma rotina de viagens a destinos nacionais e internacionais de ostentação, como Trancoso, na Bahia; Balneário Camboriú, em Santa Catarina; Tulum, no México, e Maldivas. Na Polícia Civil de São Paulo, ele é investigado em pelo menos cinco inquéritos também por estelionato. Ao ser preso no Rio, ele chegou a oferecer R$ 10 mil e um relógio a cada um dos agentes da 9ª DP.

Também na delegacia, a mulher contou que, após tomar café da manhã no hotel no dia 1º de dezembro, foi avisada de que Matheus teria ido embora do hotel e precisou pagar R$ 1 mil pelo consumo dele no local. Três dias depois, a vítima disse ter descoberto, pelas redes sociais, que outras mulheres haviam caído em golpe semelhante aplicado por ele. Ele agiria iludindo cada uma delas, fazendo-as acreditar que efetuaria o pagamento do que era devido.

— Trata-se de um criminoso recorrente, que se aproveita da boa aparência para atrair mulheres e delas subtrair valores e informações bancárias. Assim ele mantém uma rotina de luxo, que inclui produtos e serviços de alto padrão. Por isso, é importante que todos fiquem atentos para não manterem relações nem fornecerem dados pessoais a estranhos para que não se tornem novas vítimas de golpes semelhantes — alerta o delegado Felipe Santoro, titular da 9ª DP.

O GLOBO