28 de novembro de 2023 às 10:19
A esta época do ano, ninguém esperava. Natal e região metropolitana foram assoladas por chuvas históricas nas últimas 24 horas, registrando índices pluviométricos alarmantes. De acordo com a Emparn, Brejinho enfrentou um acumulado de 316mm, enquanto Natal e Extremoz sofreram com 194.9mm e 261mm, respectivamente.
A Defesa Civil emitiu alerta de alto risco, aconselhando a população a evitar deslocamentos, diante da previsão de mais chuvas. Nas redes sociais, há vários registros de estrago nas ruas com grandes crateras e veículos abandonados alagados.
A situação crítica levou à suspensão dos serviços de trens urbanos e ao cancelamento das aulas em várias instituições, incluindo o IFRN, afetando significativamente a rotina da cidade. Além disso, escolas particulares em áreas gravemente alagadas, como Nova Parnamirim, também suspenderam suas atividades.
Um abrigo foi estabelecido pela Secretaria Municipal de Assistência Social para as famílias desabrigadas, embora, até o momento, nenhuma tenha buscado refúgio. Este fato aponta para a gravidade da situação, com muitos possivelmente presos ou relutantes em deixar suas casas em áreas de risco.
As fortes chuvas também impactaram o sistema elétrico e o trânsito, com a Neoenergia Cosern reportando falhas em equipamentos e a STTU informando mais de 15 pontos de alagamento, além de danos a semáforos, complicando ainda mais a mobilidade urbana. Na ponte Newton Navarro, devido a baixa visibilidade, a faixa reversível demorou a ser montada.
Este evento extremo de chuvas não apenas trouxe caos imediato à capital potiguar, mas também expôs a vulnerabilidade da cidade a desastres naturais, destacando a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura e preparação para emergências. Algo que Natal já sentiu diversas vezes e o poder público insiste em não se preparar.
