Blog do Dina - Falta de Medicamentos na UNICAT-RN: Um Descaso com a Saúde dos Potiguares


Falta de Medicamentos na UNICAT-RN: Um Descaso com a Saúde dos Potiguares

11 de março de 2024 às 15:08

Um problema grave na Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT-RN) vem causando angústia e desespero em milhares de pacientes. De 211 medicamentos que deveriam estar à disposição, pasmem, 95 estão em falta. Os dados constam na lista pública da Unicat, em sua mais recente atualização (04 de março).

Essa é a realidade enfrentada por cerca de 70 mil potiguares que dependem da UNICAT para o tratamento de suas doenças.

O que mais assusta é o silêncio: até agora, não há uma resposta clara sobre quantos pacientes estão sem seus medicamentos essenciais. E enquanto os números nas listas públicas crescem, a saúde dos pacientes só piora. A demora é tanta que, desde outubro, quem sofre de asma está sem quatro tipos de medicamentos vitais, como formoterol e budesonida. São quase 6 mil pessoas sem o suporte necessário para respirar direito - algo que todos deveríamos conseguir fazer sem medo.

A UNICAT diz que está correndo atrás, que 69 medicamentos estão em processo de licitação e outros 15 esperando pelo Ministério da Saúde. Mas, enquanto isso, o que acontece? As pessoas ficam esperando, contando os dias e as pílulas que restam, se é que ainda restam.

E a burocracia? Bom, ela segue seu ritmo lento, mesmo com uma ordem da justiça desde 2015, mandando agilizar as coisas. Uma equipe deveria estar focada apenas nas compras desses remédios, mas a pergunta é: cadê a ação? O diretor técnico da UNICAT, Thiago Vieira, diz que a maior parte do abastecimento vai se resolver em março e o resto até abril. Mas e até lá? Como ficam os pacientes?

Não é apenas uma questão de gerenciamento ou logística. É uma questão de humanidade. A saúde da população do Rio Grande do Norte não pode depender de "previstos" e "esperados". Os pacientes da UNICAT precisam de soluções agora, não de promessas. A vida não espera e a doença não dá trégua.

A UNICAT-RN e o governo precisam entender que cada dia sem medicamento é um dia de luta pela sobrevivência para muitos. E essa luta deveria ser a última coisa com que um paciente deveria se preocupar.

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