14 de março de 2024 às 15:34
Um mês se passou desde que Mossoró virou palco de uma das fugas mais comentadas do país, e a saga de Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça continua a desafiar as autoridades, arrastando consigo uma nuvem de decepção e questionamentos sobre a eficácia das nossas forças de segurança.
Com a mais recente declaração do Ministro Ricardo Lewandowski, ecoa uma promessa de que os fugitivos "estão cercados" - uma frase que parece mais esperançosa do que concreta. Apesar dos "fortes indícios" e da mobilização de cachorros farejadores que supostamente colocam os fugitivos dentro de um cerco invisível, Mossoró e seus arredores permanecem um vasto palco de liberdade para os dois homens que deveriam estar atrás das grades.
A tentativa de captura ganhou novos capítulos com a equipe de Papiloscopistas do INI em Brasília entrando em cena. Projeções de como poderiam estar agora Deibson e Rogério, com barbas e cabelos crescidos ou usando disfarces, foram divulgadas. Mas essas imagens, apesar de tecnicamente impressionantes, parecem ser mais um elemento de uma caça ao tesouro frustrada do que pistas levando à captura.
A cada dia que passa, a falha em recapturar os fugitivos não apenas amplia a decepção popular, mas também levanta sérias dúvidas sobre nossa preparação para lidar com crises de segurança de tal magnitude. O Ministro afirma que eles estão "cercados", mas para os cidadãos que acompanham ansiosos por resoluções, esse cerco parece mais uma miragem, uma promessa vazia que se desfaz com o vento.
Este aniversário de um mês não é uma celebração, mas um lembrete amargo da falha contínua. Onde está a eficiência prometida? Mossoró, ainda à sombra da Penitenciária Federal, aguarda por respostas concretas, não apenas por mais promessas de que a captura está próxima. Enquanto isso, a confiança na capacidade do estado de proteger e servir seus cidadãos desvanece tão rapidamente quanto a esperança de que essa fuga se resolva em breve.
Comentários [0]
Deixe um comentário