22 de março de 2024 às 9:50
As obras do Complexo Turístico da Redinha entraram na fase final e estão previstas para serem concluídas até o final de abril. Parte da estrutura já começou a ser pintada e as intervenções seguem em andamento. Embora a revitalização do espaço tenha paralisado o comércio e o turismo local, o novo mercado é visto com otimismo pelos trabalhadores, que acreditam em uma injeção de vida à região. O Complexo terá dois andares com 33 boxes, seis restaurantes, praça de alimentação, mirante, píer e deck para embarcações e varanda panorâmica.
O garçom Adriano Félix trabalha em uma barraca na região e diz que o movimento “praticamente zerou”, mas confia na retomada. “Ficou muito ruim, hoje a gente ainda não sabe como vai ficar a questão das barracas, não sei se vou ter emprego quando abrir o mercado, mas temos que ter fé e esperança. O pessoal vem ainda, mas muito pouco. É difícil, mas vamos esperar que melhore. O novo mercado vai ser muito bom, precisa ser cuidado também, o governo precisa cuidar e a população também”, comenta.
Jean Alves, que trabalha cuidando dos carros que estacionam no espaço, diz que o movimento reduziu significativamente, o que tem impacto na renda do mês. “Antes era cheio, tinha domingo que a gente tirava R$ 200 que já ajudava bastante, mas hoje quando tira perto de R$ 100 já é muito. Aqui é um lugar muito bonito, é uma praia histórica que tem muita cultura, a ginga com tapioca é daqui, então eu torço muito para que as coisas melhorem que é só o que eu posso fazer. Tomara que isso aqui encha de gente, de turista”, pontua.
No espaço do antigo Clube da Redinha, será instalado um centro de artesanato com quatro lojas externas e cinco quiosques internos. Além disso, a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes terá nova cerca e o quebra-mar (espigão) terá um mirante. Em uma das principais vias destinadas ao complexo, a rua Maruim, os serviços estão sendo executados na região do antigo acesso à Balsa da Redinha, contemplando cerca de 730 metros de novo asfalto, calçadas padronizadas, arborização, e moderna iluminação.
Além dos ambulantes, quem tem ponto fixo também está na expectativa pela abertura do Complexo. O comerciante Paulo Roberto, que tem uma distribuidora de bebidas na frente da obra, diz que a perspectiva é de que as vendas cresçam com o aumento do movimento. “É uma expectativa muito grande que nós temos para que o pessoal venha para cá, não só o natalense, mas o turista também. O sonho é que aqui o movimento seja muito bom e que eu possa até ampliar o negócio”, diz.
As obras do Complexo contemplam ainda a requalificação do sistema de defesa costeira da Praia da Redinha e do trecho do Rio Potengi; urbanização e drenagem do entorno do Mercado Público da Redinha; reestruturação viária do antigo acesso à Redinha, com capeamento asfáltico e execução do passeio com acessibilidade, do trecho da Av. João Medeiros Filho a partir do viaduto da Redinha, até o entroncamento com a rua Francisco Ivo; além da rua José Herôncio de Melo, a partir da rua Francisco Ivo, até a rua Engenheiro Clóvis Aragão. A Rua Engenheiro Clóvis Aragão, a partir da rua José Herôncio de Melo, até a av. João Medeiros Filho, também está no projeto.
Tribuna do Norte
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