5 de abril de 2024 às 14:40
Uma mulher de 55 anos procurou a Polícia Civil para registrar uma queixa por racismo após uma série de episódios de discriminação em um supermercado na zona Oeste de Natal. A vítima, que é negra e frequentadora habitual do estabelecimento, relatou ter sido alvo de comentários rudes e discriminatórios por parte de um representante de uma empresa de hortifruti que atua dentro do supermercado. Segundo ela, esta foi a terceira vez que enfrentou esse tipo de situação no local.
O incidente ocorreu na manhã de sexta-feira (5) quando a mulher questionou o funcionário sobre quais verduras estavam em falta nos expositores. Em vez de uma resposta cortês, ela teria sido alvo de deboches por parte do homem, que teria dito: "Só pela sua curiosidade, eu não vou lhe responder". De acordo com o relato, o funcionário ainda sorriu de maneira debochada após sua resposta.
Inconformada com a situação, a mulher ligou para sua filha, que prontamente foi ao supermercado para apoiá-la. Ao confrontar o funcionário sobre seu comportamento, ele teria ficado nervoso e tentado minimizar o ocorrido, afirmando que estava apenas brincando. Além disso, teria fornecido informações incorretas quando questionado sobre seu nome.
Revoltada com o ocorrido, a filha da vítima relatou o episódio nas redes sociais e informou à gerência do supermercado sobre o incidente. No entanto, diante da recorrência das situações e da falta de providências efetivas, decidiu levar o caso à Polícia Civil. Em seu desabafo, ela questionou se o tratamento dispensado à sua mãe teria sido o mesmo caso ela fosse branca e destacou a falta de respostas satisfatórias nas ocasiões anteriores em que tentaram abordar o problema.
Agora, a Polícia Civil deverá investigar o caso para apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis diante do relato de discriminação racial.
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