10 de abril de 2024 às 15:32
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do Brasil, teve um leve avanço de 0,16% em março, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento foi fortemente influenciado pelo grupo "Alimentação e bebidas", que subiu 0,53%, contribuindo com o maior impacto no índice do mês.
Curiosamente, dos dez itens que mais encareceram em março, nove são alimentos. Morango, abobrinha, limão, cebola e coentro lideram as altas, com o morango no topo da lista com um aumento de 21,62%. No outro extremo, alguns alimentos tiveram queda nos preços, como maracujá, batata-inglesa e cenoura, mostrando a volatilidade dos preços desses produtos.
Além dos alimentos, outros setores também tiveram variações significativas. Os serviços de streaming, por exemplo, viram um aumento de 8,15%, enquanto as passagens aéreas caíram 9,14%. No setor de "Saúde e cuidados pessoais", houve um aumento de 0,43%, puxado pelos planos de saúde e remédios, especialmente os anti-infecciosos e analgésicos.
A alimentação em casa teve uma desaceleração para 0,59%, enquanto a alimentação fora do domicílio também viu uma redução em seu ritmo de aumento. Em contrapartida, lanches ficaram 0,66% mais caros.
No campo das carnes, houve uma queda geral de 0,94%, com o contrafilé e a picanha apresentando quedas significativas nos preços. Já a cerveja teve um leve aumento de 0,80%.
Em "Habitação", o destaque fica para o reajuste na energia elétrica, que subiu 0,12% em função de reajustes nas tarifas. A água e o esgoto tiveram um leve aumento devido a reajustes, enquanto o gás encanado apresentou uma pequena queda.
No setor de "Transportes", a queda nas passagens aéreas contrasta com o aumento nos preços da gasolina e do etanol. Já o gás veicular e o óleo diesel tiveram redução nos preços. Táxi e ônibus intermunicipal tiveram ajustes nos preços, refletindo reajustes e unificações tarifárias em algumas cidades.
Regionalmente, apenas Porto Alegre registrou uma diminuição nos preços, influenciada principalmente pela queda no preço da batata-inglesa e da gasolina. São Luís teve a maior variação, puxada pelo aumento no preço do tomate.
Esse panorama do IPCA de março mostra uma mistura de tendências nos preços, refletindo a complexidade da economia brasileira e os diversos fatores que influenciam a inflação.
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