15 de maio de 2024 às 13:55
Michele Prado, ex-pesquisadora da USP, virou foco após desafiar publicamente a precisão das informações divulgadas pelo ministro Paulo Pimenta sobre o impacto das fake news durante as enchentes no Rio Grande do Sul.
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Após uma intensa campanha de cyberbullying que desencadeou um vendaval de acusações partidárias, Michele decidiu aceitar o convite do deputado Nikolas Ferreira (PL) para depor na Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados.
Lá, ela se prepara para expor as nuances das supostas milícias digitais que, segundo ela, são operadas por facções políticas e pela primeira dama Janja.
A saga começou quando Michele, tentando corrigir informações divulgadas na mídia, questionou o ministro sobre as fontes de suas alegações a respeito do aumento de fake news em resposta às tragédias no Rio Grande do Sul.
Sua postura crítica desencadeou uma reação virulenta nas redes sociais, marcada por ataques que cruzaram as linhas ideológicas.
Os ataques foram tão severos que Michele chegou a expressar desespero em seu perfil no X, alegando que a hostilidade só cessaria com sua morte.
Apesar da hostilidade online e da pressão, Michele encontrou no convite de Nikolas Ferreira uma plataforma para defender sua integridade e esclarecer suas observações.
Durante a audiência, ela planeja detalhar como as milícias digitais estão sendo utilizadas para manipular a opinião pública e como essas operações coordenadas amplificam o cyberbullying contra vozes dissidentes.
"Entrarei com um requerimento na Comissão de Comunicação, para convidar a jornalista Michele Prado, para prestar esclarecimentos sobre suas alegações de milícia digital criada pela primeira-dama, gabinete do ódio, e manipulação da opinião pública realizada por meios de comunicação", declarou Ferreira.
Esta sessão não apenas visa elucidar as acusações de Michele mas também explorar as profundezas da influência digital no cenário político atual.
Este depoimento na Câmara promete ser um evento crucial, não só para Michele Prado, mas para a política brasileira como um todo, pois joga luz sobre a sombria realidade das táticas de intimidação e desinformação que se tornaram armas comuns no arsenal político.
O caso de Michele destaca a necessidade urgente de transparência e regulamentação nas interações digitais, especialmente aquelas que cruzam com a política e a governança.
Entenda
Prado entrou no foco especialmente após corrigir no X a apresentadora da Globonews, Daniela Lima. Daniela usou um estudo do qual Prado participou para atribuir uma estatística sobre fake news nos assuntos envolvendo a tragédia no Sul. Prado, então, postou no X que o estudo dela e outros colegas, mencionado explicitamente por Daniela, não constava a informação dada pela jornalista.
